O Sarzedas abria com vagares de velho a porta do seu gabinete no rés-do-chão e
recolhia uma ou outra carta que ainda lhe iam metendo na caixa do correio.
Contas, circulares da Ordem dos Advogados. Correio de lixo. Sentava-se na
cadeira de espaldar depois de correr um pouco as persianas. Parava. Estava cansado.
E punha-se a escutar o tropel das mulheres eternamente despenteadas mesmo que
de cabelos demasiado curtos.
Alexandre
Pinheiro Torres em Vai Alta a Noite
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