segunda-feira, 13 de novembro de 2017

OLHAR AS CAPAS


Figuras, Figurantes e Figurões

Luiz Pacheco
Selecção e prefácio: João Pedro George
Capa: André Carrilho
O Independente, Lisboa, 2004

Estive até aqui a ver se me distraía… e não posso. Morreu a semana passada o Fernando Assis Pacheco. A coincidência do nome não é o que me preocupa. Mas a perda de uma Amigo, numa Amizade velha de muitos anos e nunca desmentida, nunca traída. O Fernando era prosador de qualidade (como poeta não o apreciava tanto) e o seu último romance (ganhou no público um êxito que não logrou dos júris dos prémios) uma obra notável. Eu, que digo mal de tudo, se bem me lembro, escrevi-lhe uma carta, com justos louvores, porque gostei do livro. Tirando isso, que era muito e nada vulgar, menos vulgar ainda era a cordialidade, a simpatia, o entusiasmo que o Fernando punha no seu noticiário cultural, nas entrevistas, numa atenção eufórica perante a coisa literária e os coitados da República das Letras, sempre ansiosos por um conforto, uma palavrinha de ternura. Quanto a mim, posso e devo acrescentar: deu-me trabalho e razoavelmente remunerado, n’ O Jornal, quando eu andava por aí aos caídos.
Podendo, falarei talvez melhor do Fernando Assis Pacheco daqui a uns tempos, desculpem.

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