sábado, 17 de dezembro de 2022

NOTÍCIAS DO CIRCO

Os amanheceres dos dias deixaram de ser radiosos.

Continuam as ameaças de chuvas constantes, ventos fortes, situação crítica que descanda em avisos amarelos, laranja, vermelho.

Enquanto isso,  o Presidente da República vai dando sinais de que deverá enviar o diploma da despenalização da morte medicamente assistida novamente para apreciação preventiva do Tribunal Constitucional  e as incertezas vêm à tona de água.

Ao que dizem, os novos juristas do Palácio Ratton têm agora uma  postura um tanto ou quanto retrógrada no que respeita à eutanásia, muito longe dos juristas que apreciaram o diploma em 2021. 

Se há leis que tiveram um atento cuidado de tempo de discussão visando, no fundo, as partes que ofendem a vertente católica de Marcelo, a lei da Eutanásia, é uma delas.

Acontece que, neste momento, o presidente é um homem que se sente solitário em Belém e que olha, apreensivo, uma queda de popularidade que o vai envolvendo.

São muitos os riscos que levam a que Portugal, uma vez mais, não consiga ter uma lei que permita a morte assistida e a despenalização dessa ajuda.

A Constituição diz que Portugal é um Estado laico, não confessional, onde vigora a liberdade de religião e de crença, mas a Igreja consegue impôr a sua vontade de que a Vida pertence a Deus.

E assim ficamos nós, pelo que os amanheceres dos dias deixaram de ser radiosos.

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