«Não casar com mulher
nova.
Não procurar a companhia de gente nova, a menos que ela o queira.
Não ser impaciente, nem rabugento, nem desconfiado.
Não depreciar o presente, as suas concepções, modas, homens, guerras, etc.
Não ser doido por crianças, mas também não as repelir.
Não estar sempre a contar a mesma história às mesmas pessoas.
Não ser avarento.
Não negligenciar o decoro, ou o asseio, para não cair na sordidez.
Não ser demasiado severo para com a gente nova, mas ser tolerante para as suas
loucuras e fraquezas.
Não ser influenciado, nem dar ouvidos a ditos e mexericos de criados, ou seja
de quem for.
Não estar sempre a dar conselhos, a menos que mos peçam.
Pedir a alguns bons amigos que me apontem, entre estas resoluções, aquelas que
eu não tiver cumprido ou tiver negligenciado, e em quê; e modificar-me de
acordo com essas críticas.
Não falar demais, sobretudo de mim.
Não me gabar da minha beleza passada, da minha força, nem do meu valimento
junto das damas, etc.
Não dar ouvidos à lisonja, nem pensar que posso ser amado por uma jovem.
Não ser categórico nas minhas afirmações, nem teimoso.
Não me dispor a cumprir todas estas regras, por receio de não observar nenhuma
delas.»
Jonathan Swift, 1699.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2022
CONSELHOS INÚTEIS... A NINGUÉM...
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