Governo de maioria
absoluta. TAP. Fernando Medina. Pedro Nuno Santos. Alexandra Reis. Uma confusão
dita do outro mundo.
Ontem, quase ao bater
da meia-noite, Medina comunicou a Alexandra Reis, recente secretária de estado
do Tesouro, para pedir a demissão.
Assim aconteceu.
Medina explica:
«Tomei esta decisão no sentido de preservar a autoridade política do
Ministério das Finanças num momento particularmente sensível na vida de milhões
de portugueses. No momento em que enfrentamos importantes exigências e
desafios, considero essencial que o Ministério das Finanças permaneça um
referencial de estabilidade, de autoridade e de confiança dos cidadãos. São
valores fundamentais à boa condução da política económica e financeira e à
direção do setor empresarial do Estado».
O ministro termina a nota agradecendo a Alexandra Reis, «detentora de um curriculum profissional de enorme mérito e qualidade, todo o trabalho desenvolvido, reconhecendo a integridade e correção com que neste período pessoalmente difícil assegurou a defesa do interesse público».
Mas o imbróglio
político não termina com este gesto ministerial.
Continua por saber se
Alexandra Reis foi demitida da TAP, ou se pediu escusa de continuar como
gestora.
No meio encontram-se
atravessados 500 mil euros pagos a Alexandra por ser demitida ou por ter pedido
escusa.
A situação veio
colocar a céu aberto o chocante contraste entre as indemnizações obscenas pagas
a gestores da TAP e aquelas que são pagas aos trabalhadores.
Entretanto, na segunda-feira, Fernando Medina assinou o cheque que permite a entrada de 980 milhões de euros nos cofres da TAP.
1 comentário:
corja/cambada...
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