A esmagadora maioria dos deputados do PSD são gente de sacristias.
Luís Montenegro, que não é deputado,
mas bebe e lê nas mesmas sacristias, faz um pequeno intervalo sobre as pauladas
diárias no governo de António Costa, para dizer ao povo que vai avançar com um pedido
de referendo à Eutanásia.
«É minha convicção que esta matéria
continua a ser controversa.»
Na semana em que os projetos dos partidos, após vários e diversos
adiamentos, iriam ser votados na Assembleia da República, o presidente do PSD
descobriu que os portugueses «ainda não
estão suficientemente esclarecidos» sobre a matéria.
Já há dias, a ex-múmia-presidencial, considerava que a legalização da
eutanásia «não respeita o espírito da Constituição» e defendia que a sua prática
é «mais um sinal da deterioração da
qualidade da nossa democracia».
Ainda Cavaco Silva:
«Num país como Portugal, com um dos
piores riscos de pobreza e exclusão social da União Europeia e sem uma rede de
cuidados paliativos a que os doentes de famílias mais desfavorecidas possam ter
acesso, num Portugal em que se acentua o empobrecimento em relação aos outros
países, a prioridade dos deputados é a legalização da prática da eutanásia,
autorizar um médico a matar outra pessoa».
Como temos vindo a citar psd’s, termine-se com José Pacheco Pereira de um
teor diverso dos seus pares:
«Admito que muitos médicos e
enfermeiras tenham objecção de consciência que os impeçam de participar numa
morte assistida e isso deve ser respeitado. Mas é uma das muitas hipocrisias em
que vivemos, ignorar que muitas eutanásias consentidas se passam nos nossos
hospitais pelas melhores razões: a recusa do sofrimento gratuito em quem o não
quer ter e deseja ter este último acto de vontade e liberdade.
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