Tem andado por tudo o que é mundo, já esteve várias as vezes
em Portugal.
Em Agosto de 1968 foi convidado cinco estrelas do Festival
da Costa Verde.
Em trânsito para o Porto, passou por Lisboa e foi dizendo ao
repórter do Diário Popular que
começou a cantar porque era isso o que gostava de fazer. Da música portuguesa
apenas conhece Amália Rodrigues e Alfredo Marceneiro. Acima de tudo gosta de
viver, gosta do trabalho, do amor, da amizade e detesta coisas inertes,
negativas, O repórter lembra-lhe que os seus «cachets» são sempre exorbitantes.
Simplesmente responde com uma verdade indesmentível:
É preciso ser bem pago para se trabalhar bem.
Em 1988, a CNN elegeu Charles Aznavour artista do século pela
simples simples razão de que não se considera uma estrela e mostra-se sempre
como um trabalhador incansável da canção, talvez o último «crooner».
Em 2001 anunciou a retirada, mobilizando um mar de gente
para aqueles que seriam os seus derradeiros espectáculos, mas chegou à
conclusão que ainda não estava preparado
.
Anda em tournée de despedida desde o Outono de 2006, passou
por Lisboa em 23 de Fevereiro de 2007 dando um espectáculo no Pavilhão
Atlântico.
Continua a viajar, a eterna tournée de despedida.
Logo à noite dará um espectáculo de gala em Berlim e há dias
anunciou que já marcou o seu último
espectáculo: 22 de Maio de 2024, o dia em que fará 100 anos.
Ninguém acredita.
Este francês de origem arménia, que já compôs milhares de
canções, participou em dezenas e dezenas de filmes, faz hoje 90 anos.
É um velho companheiro da vida de muita gente espalhada pelo
mundo.
Parabéns sr. ShahnourVaghinagh Aznavourian e, pelo manos, até 2024.
Legenda: o recorte do Diário Popular é de 18 de Agosto de 1968.
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