A 24 de março de 2011 (dia seguinte ao do chumbo do PEC IV), um líder
do PSD de nome Passos Coelho assegurava em Bruxelas que jamais faria cortes nas
pensões. E a 19 de abril reforçava: "Todos aqueles que produziram os seus
descontos no passado e que têm hoje direito às suas reformas e às suas pensões
deverão mantê-las no futuro, sob pena de o Estado se apropriar daquilo que não
é seu."
Felizmente nenhum destes irresponsáveis ignaros está no Governo que nos
garante que a única forma de sanar a por si decretada
"insustentabilidade" é introduzir uma TSU específica e definitiva
para pensões em pagamento que penaliza mais os que recebem menos, aumentando ao
mesmo tempo a TSU geral 0,2% e juntando-lhe 0,25% de IVA. O Governo que
apresenta isso como "uma reforma" enquanto mantém na gaveta um
suposto projeto de reforma que encomendou a um grupo de especia- listas e
anuncia a encomenda de outro projeto de reforma a outro grupo de especialistas.
O Governo, em suma, das saídas limpas - e das verdades irrevogáveis.
Fernanda Câncio, Diário de Notícias.
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