No arquivo da Shorty
encontrei esta fotografia de Billie Holiday, captada, em Fevereiro de 1947,
por William Gottlied no Downbeat Club, em Nova Iorque.
Claro que nem
palavras, nem fotografias, alguma vez conseguiram captar a genialidade, a permanente
angústia de Bilie Holiday e da raça negra.
Apenas quando
lhe ouvimos as canções descobrimos essa angústia e muito mais.
Como escreve José
Duarte no prefácio de Lady Sings de Blues:
«Tema que Billie escolhesse, ficava cantada para
sempre, esgotado, e até, por vezes, com novo significado e e melhor melodia».
É o caso desta «Strange
Fruit», um libelo contra os linchamentos da minoria negra nos Estados
Unidos, uma canção de protesto mas, acima de tudo, um gesto de pura arte.
«Árvores do sul produzem uma fruta estranha, sangue
nas folhas e sangue nas raízes, corpos negros balançando na brisa do sul».
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