O Mistério da Laranja Chinesa
Ellery Queen
Tradução: James
Amado
Capa: Cândido
Costa Pinto
Colecção Vampiro
nº 32
Livros do
Brasil, Lisboa s/d
- Então isso não tinha importância alguma? Eu estava a
contar com algo de engenhoso…
- Nada significava, excepto que o homenzinho sentia
fome – continuou Ellery, lentamente. – Nem sequer pude deduzir qualquer coisa
do facto de ter escolhido uma tangerina em vez de uma pera, uma maçã ou
qualquer das outras peças de fruta que estavam na bandeja. Eu também gosto de
tangerinas e, no entanto, Chicago é o lugar mais próximo da China onde eu já
estive… Mas, há uma coisa acerca da tangerina que é… bem, que é interessante.
- O que é? – perguntou Kirk, interessado.
- Ela ilustra – disse Ellery rindo – os caprichos e a
ironia do destino. Porque, como vêem, embora a laranja da China que a vítima
comeu nada tivesse a ver com o crime, o «Laranja da China» que ele trouxe
estava intimamente ligado ao caso, pois foi o móbil do crime.
- O laranjo que ele trouxe? Murmurou Miss Temple,
intrigada.
- Com um L
maiúsculo – disse Ellery. Refiro-me ao selo. Na verdade é uma coincidência
tão interessante que, se eu algum dia escrever um livro sobre o notável caso do
pobre Osborne, não resistirei á tentação de o intitular: O Mistério da
Laranja Chinesa.
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