quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

OLHAR AS CAPAS



O Mistério da Laranja Chinesa

Ellery Queen
Tradução: James Amado
Capa: Cândido Costa Pinto
Colecção Vampiro nº 32
Livros do Brasil, Lisboa s/d

- Então isso não tinha importância alguma? Eu estava a contar com algo de engenhoso…
- Nada significava, excepto que o homenzinho sentia fome – continuou Ellery, lentamente. – Nem sequer pude deduzir qualquer coisa do facto de ter escolhido uma tangerina em vez de uma pera, uma maçã ou qualquer das outras peças de fruta que estavam na bandeja. Eu também gosto de tangerinas e, no entanto, Chicago é o lugar mais próximo da China onde eu já estive… Mas, há uma coisa acerca da tangerina que é… bem, que é interessante.
- O que é? – perguntou Kirk, interessado.
- Ela ilustra – disse Ellery rindo – os caprichos e a ironia do destino. Porque, como vêem, embora a laranja da China que a vítima comeu nada tivesse a ver com o crime, o «Laranja da China» que ele trouxe estava intimamente ligado ao caso, pois foi o móbil do crime.
- O laranjo que ele trouxe? Murmurou Miss Temple, intrigada.
- Com um L maiúsculo – disse Ellery. Refiro-me ao selo. Na verdade é uma coincidência tão interessante que, se eu algum dia escrever um livro sobre o notável caso do pobre Osborne, não resistirei á tentação de o intitular: O Mistério da Laranja Chinesa.

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