Escola de Férias
André Bay
Tradução: Mário
Braga
Prefácio:
Fernando Namora
Capa: João de
Mascarenhas
Colecção
Presença nº 6
Editorial
Presença. Lisboa, Novembro de 1961
Os comboios partem à hora certa. Demasiado cedo para
quem os perde, demasiado tarde para quem toma lugar com muita antecedência. Só
os romancistas podem fazer partir os comboios à hora que querem. Mas isto é um
facto contra o qual ninguém pode nada, a não ser que se seja chefe de estação
ou maquinista. É preciso essa fatalidade da hora de partida que impele,
comprime, empurra o viajante, o faz praguejar, bufar, discutir, misturar o
conteúdo das algibeiras e perder o lenço à força de temer não encontrar os
bilhetes.
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