Como dizia Erik Satie, viemos ao mundo muito jovens
num tempo muito velho. E é ao mesmo tempo – revela-nos Calasso – ao que Kafka
faz alusão na breve e misteriosa frase solta que abre os seus Diários: «Os espectadores ficam rígidos
quando o comboio passa.» O comboio é o tempo que não nos permite compreender a
sua forma. É então inevitável ficar rígido, enquanto o observamos: sinal de uma
última resistência.
Enrique
Vila-Matas em Diário Volúvel
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