segunda-feira, 28 de outubro de 2019

FINJO QUE SOU MAS NÃO SOU


Finjo que sou nas não sou.
Eu nem sei o que é ser.
Pra’ qui estou.
Até ver.

Finjo que estou mas não estou.
Eu nem sei como se está.
E por aqui me vou.
Até já.

Só quando finjo que finjo
Sou afinal quem pareço.
Esta não atinjo.
Esqueço.

Vitor Silva Tavares de púsias em  textinhos,intróitos &etc

2 comentários:

Luis Eme disse...

É bom fingir assim...

Sammy, o paquete disse...

O incontornável fingimento, a sabedoria de vida de um homem excepcional. Muito lamento o ter conhecido tão tarde. Mas ainda tivemos grandes conversas, no célebre e inolvidável subterrâneo da Rua da Emenda, nas tardes da Feira do Livro, os jacarandás em fundo, o esvoaçar dos pássaros.
Cada vez temos menos gente como o Vitor.
Ai de nós!