Dizem que a memória é a última coisa que nos sobra, é tudo o que temos. Gostava que assim fosse, mas não estou certo que assim seja. Hoje, já me debato com coisas que devia lembrar mas já não as encontro. Certamente estão em qualquer parte do meu cérebro que vai adormecendo. Eu que apregoava aos quatro ventos, e mais um, que tinha uma memória de elefante… E se elefantes vêm à tona do teclado, recordo sempre, como no lindíssimo livro de Elio Vittorini, que os elefantes consideram-se mortos e morrem. «A minha mãe voltou para junto do avô e recomeçou a contar-lhe o que ele quer: como morreu o velhote que tocava pífaro; não como morrem os elefantes desta vez.»
2 comentários:
Sim, reina o vazio...
Dizem que a memória é a última coisa que nos sobra, é tudo o que temos.
Gostava que assim fosse, mas não estou certo que assim seja. Hoje, já me debato com coisas que devia lembrar mas já não as encontro. Certamente estão em qualquer parte do meu cérebro que vai adormecendo.
Eu que apregoava aos quatro ventos, e mais um, que tinha uma memória de elefante…
E se elefantes vêm à tona do teclado, recordo sempre, como no lindíssimo livro de Elio Vittorini, que os elefantes consideram-se mortos e morrem.
«A minha mãe voltou para junto do avô e recomeçou a contar-lhe o que ele quer: como morreu o velhote que tocava pífaro; não como morrem os elefantes desta vez.»
Enviar um comentário