quinta-feira, 3 de outubro de 2019

OLHAR AS CAPAS


Raul de Carvalho: Entre o Silêncio e a Solidão

Serafim Ferreira
Campo das Letras, Porto. Abril de 1995

Claro, não se carrega pela vida fora, contra tanta incompreensão e ignomínia, por entre atropelos e cansaços, doenças e desesperos de toda a ordem, mesmo perante o alheamento ou desinteresse de alguns editores, esse sonho de se afirmar como poeta. No meio de tão amarga e dolorosa peregrinação que foi a vida de Raul de Carvalho, o sonho de ser poeta é reflexo de um querer e de uma autenticidade sem limites: a sua dimensão humaníssima, no fluxo torrencial de palavras e versos, mesmo nos desencontros ou exageros de um “discurso” por vezes tão pouco vigiado, determina-se através desses valores, emoções e sentimentos que nunca passam despercebidos.

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