Raul de Carvalho: Entre o Silêncio e a Solidão
Serafim Ferreira
Campo das
Letras, Porto. Abril de 1995
Claro, não se carrega pela vida fora, contra tanta
incompreensão e ignomínia, por entre atropelos e cansaços, doenças e desesperos
de toda a ordem, mesmo perante o alheamento ou desinteresse de alguns editores,
esse sonho de se afirmar como poeta. No meio de tão amarga e dolorosa
peregrinação que foi a vida de Raul de Carvalho, o sonho de ser poeta é reflexo
de um querer e de uma autenticidade sem limites: a sua dimensão humaníssima,
no fluxo torrencial de palavras e versos, mesmo nos desencontros ou exageros de
um “discurso” por vezes tão pouco vigiado, determina-se através desses valores,
emoções e sentimentos que nunca passam despercebidos.
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