sexta-feira, 18 de outubro de 2019

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De entre os temas que Carlos Paredes escreveu para peças de teatro e filmes, encontra-se António Marinheiro de Bernardo Santareno.

Esse tema faz parte do álbum Movimento Perpétuo.

É sempre tão estimulante, tão bonito, tão inebriante voltar a Carlos Paredes, «talvez esta mão que se desgarra(com garra com garra)esta mão que nos busca e nos agarra e nos rasga e nos lavra com seu fio de mágoa e cimitarra.», como escreveu Manuel Alegre.

Rui VieiraNery chamou-lhe Príncipe.

Um Príncipe de uma humildade arrepiante.

«Em 1958, é preso pela PIDE por fazer oposição a Salazar, é acusado de pertencer ao Partido Comunista Português, do qual era de facto militante, sendo libertado no final de 1959 e expulso da função pública na sequência de julgamento. Durante este tempo andava de um lado para o outro da cela fingindo tocar música, o que levou os companheiros de prisão a pensar que estaria louco - de facto, o que ele estava a fazer, era compor músicas na sua cabeça.» 

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