Um operário esmagado no pátio.
É desta massa que se faz o barro
o tijolo e a telha.
-Os nomes? –
Focos de luz na cara
pontapés no baixo ventre.
. Basta dizeres um nome vais-te embora!
Quando o coração não resistiu
e o corpo derrocou pelo sobrado
do sexto andar o lançaram
barro em sangue amassado.
Ferozes eram. Estavas só.
Quantos assaltos invasões de medos.
Não desamarraram o lenço e os nós
que guardavam os nossos segredos.
António Borges
Coelho em Fortaleza
Legenda:
pormenor da capa, da autoria de Henrique Ruivo, do livro de poemas Fortaleza.
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