domingo, 13 de outubro de 2019

ETECETERA


Domingo de eleições.

Conclui, mais uma vez, passados que são 45 anos de democracia, que não elevámos o nível de cultura dos portugueses.

Entristeceu-se com o cair do dia, a chegada da noite.

Sabe o porquê da tristeza e não pode dizer que é só por os pássaros terem partido para o sul.

1.

Francisco Mendes da Silva, membro da comissão política do CDS, numa entrevista ao Público, disse que «o aparecimento do Chega põe em causa todo o regime.»

Diz também que a direita terá de se entender para poder ir a eleições e governar, mas exclui o Chega porque não basta dizer que os políticos são todos uma cambada de ladrões, ou dizer mal dos ciganos.

2.

Rui Montenegro perfila-se para discutir a presidência do PSD a Rui Rio.

O partido necessita de uma lufada de ar fresco, disse, ou alguém por ele.

Nada tenho nada, mesmo nada a ver com o PSD, mas garanto que prefiro que a conduzir os destinos do partido esteja Rui Rio, do que o antigo parlamentar,  um sorriso cínico, um encadeador de palavras que nada dizem, que lembra as políticas pedropassoscoelhos, mais o Relvas, a Maria Albuquerque .

O rapaz diz, agora, que o Partido Socialista era batível se tivesse existido uma oposição firme.


Pois… ou os prognósticos só no fim do jogo, como diria o outro…

3.



Recortes do Público.

4.

Não digo que não existam razões, mas tudo o resto é uma mentira e uma imbecilidade.

Ninguém deixa de ser culpado neste circo de vaidades, desprezos e vinganças.

Um dos últimos nomes que entrou na roda é o de Plácido Domingo.

Jorge Calado, numa crónica publicada no Expresso, deixa  a ideia que Domingo se terá portado um tanto ou quanto mal.


Este é o final da crónica:


5.

No dia 8 morreu o jornalista Rogério Rodrigues.

Ainda sou do tempo em que havia jornais e jornalistas e, com a sua morte, já não resta quase ninguém como eçe.
.já poucos restam
Rogério Rodrigues foi fundador do semanário O Jornal, foi um dos últimos chefes de redação do jornal A Capital, foi jornalista no Público e Jornal de Notícias trabalhou na RTP e no Rádio Clube português.

Quando Fernando Assis Pacheco morreu, Rogério Rodrigues escreveu uma emocionada prosa:

«Morreu o Assis como é do conhecimento público, como já tinha morrido o Esteves da leitaria, o O’Neill da seda chinesa em feira de cigano. Morreu o Assis, o doido que me foi buscar a um modesto liceu de Trás-os-Montes, em má hora me trouxe para os jornais, durante meses me aklimentou, foi meu mestre, foi meu amigo e foi meu compadre. Aquele barbas, aquele doido. Porque o Assis era doido – de ternura, de generosidade, de talento.»

Rogério Rodrigues foi também jornalista do Diário de Lisboa, no qual, em Maio de 1975, publicou uma crónica sobre uma mulher, de seu nome Teresa Olga, que, num intervalo do tratamento psiquiátrico, dançava nua no cruzamento da Avenida Miguel Bombarda com a Avenida 5 de Outubro, acontecimento de que José Afonso faria poema e música e que faz parte do álbum Com as Minhas Tamanquinhas.

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