Domingo de
eleições.
Conclui, mais uma
vez, passados que são 45 anos de democracia, que não elevámos o nível de
cultura dos portugueses.
Entristeceu-se
com o cair do dia, a chegada da noite.
Sabe o porquê da
tristeza e não pode dizer que é só por os pássaros terem partido para o sul.
1.
Francisco Mendes
da Silva, membro da comissão política do CDS, numa entrevista ao Público,
disse que «o aparecimento do Chega põe em causa todo o regime.»
Diz também que a
direita terá de se entender para poder ir a eleições e governar, mas exclui o
Chega porque não basta dizer que os políticos são todos uma cambada de ladrões,
ou dizer mal dos ciganos.
2.
Rui Montenegro perfila-se
para discutir a presidência do PSD a Rui Rio.
O partido
necessita de uma lufada de ar fresco, disse, ou alguém por ele.
Nada tenho nada,
mesmo nada a ver com o PSD, mas garanto que prefiro que a conduzir os destinos
do partido esteja Rui Rio, do que o antigo parlamentar, um sorriso cínico, um encadeador de palavras
que nada dizem, que lembra as políticas pedropassoscoelhos, mais o Relvas, a
Maria Albuquerque .
O rapaz diz,
agora, que o Partido Socialista era batível se tivesse existido uma oposição
firme.
Pois… ou os prognósticos
só no fim do jogo, como diria o outro…
3.
Recortes do Público.
4.
Não digo que não existam razões, mas tudo o resto é uma mentira e uma imbecilidade.
Ninguém deixa de
ser culpado neste circo de vaidades, desprezos e vinganças.
Um dos últimos
nomes que entrou na roda é o de Plácido Domingo.
Jorge Calado,
numa crónica publicada no Expresso, deixa a ideia que Domingo se terá portado um
tanto ou quanto mal.
Este é o final
da crónica:
5.
No dia 8 morreu
o jornalista Rogério Rodrigues.
Ainda sou do
tempo em que havia jornais e jornalistas e, com a sua morte, já não resta quase
ninguém como eçe.
.já poucos restam
Rogério
Rodrigues foi fundador do semanário O Jornal, foi um dos últimos chefes
de redação do jornal A Capital, foi jornalista no Público e Jornal
de Notícias trabalhou na RTP e no Rádio Clube português.
Quando Fernando
Assis Pacheco morreu, Rogério Rodrigues escreveu uma emocionada prosa:
«Morreu o Assis como é do conhecimento público, como
já tinha morrido o Esteves da leitaria, o O’Neill da seda chinesa em feira de
cigano. Morreu o Assis, o doido que me foi buscar a um modesto liceu de
Trás-os-Montes, em má hora me trouxe para os jornais, durante meses me
aklimentou, foi meu mestre, foi meu amigo e foi meu compadre. Aquele barbas,
aquele doido. Porque o Assis era doido – de ternura, de generosidade, de
talento.»
Rogério
Rodrigues foi também jornalista do Diário de Lisboa, no qual, em Maio de
1975, publicou uma crónica sobre uma mulher, de seu nome Teresa Olga, que, num
intervalo do tratamento psiquiátrico, dançava nua no cruzamento da Avenida
Miguel Bombarda com a Avenida 5 de Outubro, acontecimento de que José Afonso
faria poema e música e que faz parte do álbum Com as Minhas Tamanquinhas.
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