E nasce entre clarins amachucados
O desejo de nunca mais ouvir
O som de bosques puros deslumbrados
Que os deuses não nos deixam descobrir
E nasce aquele som viril e brando
Da minha voz estranha que te despe
Da minha voz ardente imaginando
O amor que passou e que não deste
E nasce entre cilícios da orquestra
No soluço mais puro e mais oculto
A presença abolida de outra festa
Que fora prometida no teu vulto
A festa recusada que tornara
Os dois um rosto só medalha rara
Alberto Lacerda em Exílio
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