Para assinalar os 10 anos do CAIS DO OLHAR, os fins-de-semana estão guardados para lembrar alguns textos que por aqui foram sendo publicados.
PRAZERES
Teria para aí os meus 16 anos quando bebi o meu primeiro
gin-tónic.
Na inauguração, no Largo da Graça, da delegação do Banco
Português do Atlântico.
Estava com o meu pai e lembro-me de um barman, chegar ao
pé de mim, com uma bandeja na mão onde estavam copos com um líquido
esbranquiçado, gelo e uma rodela de limão. Imaginei serem limonadas. Era
gin-tonic. Bebi e fiquei cliente.
Um dia, conheci o Mário-Henrique Leiria, li os Contos
do Gin-Tonic, e se já interiorizara que o gin-tonic é a melhor bebida
do mundo, dúvidas deixaram de existir.
Diz o Joe Could que
o gin liga a bomba da memória e um velho slogan publicitário conta que as histórias românticas de um bêbado,
são mais credíveis se vierem de alguém que andou a beber gin «Tanqueray».
Passados uns 60 anos pela inauguração da delegação
bancária, acordo pelas manhãs a saber que o fígado já não pode pacificamente
com o gin-tonic.
E tão amigos que eles eram!
Há uma velha canção do Cole Porter, «Two Little Babes in
the Wood», em que, numa das muitas e variadas versões, se ouve:
«Descobriram que a fonte da juventude é uma mistura de gin e vermute.»
Legenda: imagem de um gin vermute.
Texto publicado em 17 de Maio de 2019
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