O
Senhor Fernando Pessoa, vestido de Ricardo Reis, aconselhava:
«Para
ser grande, sê inteiro».
Assim
foi Juliette Gréco que, no dia 23 de Setembro, nos deixou.
Miles
Davis voltou a sorrir-lhe e a repetir que reconheceria, aquele movimento de
ancas em qualquer parte do mundo.
Nasceu a 7 de Fevereiro, corria o ano de 1927.
A
mãe disse-lhe que nesse dia chovia.
«A
chuva ajuda todas as plantas a crescer, mesmo as venenosas», escreveu Gréco.
Jean
Cocteau apelidou-a de «rosa das trevas»,
Sartre dizia que ela tinha mil poemas na voz.
Em
1965, para sair de um mundo ignóbil e imundo, tentou suicidar-se.
«Sartre
tinha razão quando falou do inferno que são os outros. Tinha vontade de vomitar
quando olhava à minha volta e via gente que era de uma tal mediocridade e de
uma baixeza abominável. Todas essas personagens que dormiam com toda a gente,
que não se amavam, que diziam mal uns dos outros. Aqueles a quem chamávamos a
tout-Paris.
Falhou
o suicídio e, mais tarde, com elegância, teve a possibilidade de dizer:
«Estou
muito reconhecida à vida, embora por vezes ela tenha sido para mim muito cruel,
muito dolorosa, muito difícil.»
1.
Abandonou o governo do país para se
tornar presidente da união europeia, ocupa o cargo de presidente não executivo
da Goldman Sachs International e agora, como presidente da Gavi-The Vaccine
Alliance, irá monitorizar a distribuição de vacinas contra a Covid-19.
Durão Barroso, é ele o traste personagem que estamos referindo, dirá parvamente, entre dois arrotos de whisky, uma
qualquer pilhéria, que sim, é mesmo um tipo esperto.
Para além de trafulhices, o personagem também percebe de vacinas?
O Fernando Assis Pacheco diria que isto são histórias para camelos.
Os camelos somos muitos de nós, quase a totalidade.
Isto anda tudo ligado e as vigarices, as
corrupções, combinam-se em cada canto de uma qualquer rua deste mundo podre.
2.
Enquanto deputada da nação, pretendia
que o orçamento da Assembleia da República lhe pagasse os fins-de-semana em
Paris, cidade onde, então, vivia.
Como presidente da Câmara de Almada,
disse que os miseráveis bairros de Almada têm uma vista privilegiada sobre o
rio e sobre Lisboa e não se importava de lá viver.
A mediocridade política desta gente, explode
em cada segundo dos dias que passam.
O nosso desencanto é enorme.
Que fazer?
3.
Segundo o Público, o governo prometeu 2500 camas para universitários mas só
há 300.
E continua a desenfreada especulação, o
escândalo sem nome, dos senhorios a alugarem quartos e apartamentos a estes
jovens, que grande parte não conseguem suportar.
O processo chama-se Operação Lex.
Entre outros, três juízes vão sentar-se
no banco dos réus.
De há muito os portugueses têm vindo a
desconfiar da justiça portuguesa.
A partir de agora, aconteça o que acontecer, as razões dizem aos mesmos portugueses que não mais poderão pensar de modo diferente.
5.
Uma sondagem indica que 60,6% dos portugueses não acreditam que os fundos europeus que aí
vêm, sejam bem aplicados, bem geridos geridos.
Há que seguir dinheiro.
Mas quem o fará?
6.
António Costa vai dizendo :
«O
nosso lema volta a ser emprego, emprego, emprego.»
Em resposta o Montepio deu início a uma onda de despedimentos enquanto e os inscritos nos centros de emprego de todo o país atingem os 409 mil e não havia tanto desemprego registado desde Janeiro de 2018.
7.
Uma história antiga:
«Lembro-me que me abracei a um polícia e, ambos aos saltos, saudando um crime: o Vata marcara com a mão e íamos à final da Champions.»
Ferreira Fernandes no Público
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