Neste mesmo dia, há
22 anos, quando o Prémio Nobel da Literatura foi atribuído ao português José Saramago
e pela primeira vez à língua portuguesa, muitos milhares e milhares espalhados
pelo mundo, desconheciam o escritor.
Alguns terão ido à
procura de um livro seu e pode ter acontecido ficarem a gostar. O contrário também
foi possível.
Por aqui, Eduardo
Prado Coelho escreveu que um país se levantou em alegria.
Nem todo um país, é
certo, mas muitos foram em busca dos seus livros, das suas palavras.
«Gostava de conhecê-lo pessoalmente para lhe poder dizer que, de alguma
forma, os seus livros mudaram muito da
minha vida.», como escreveu um leitor anónimo, naquelas muitas milhares e
milhares de cartas que Saramago recebeu e que ainda aguardam publicação em
livro, tal como um dia o autor deixou expresso.
«Tenho milhares de cartas e costumo dizer que a obra
completa de um escritor só estará realmente completa publicando-se uma selecção
das cartas dos leitores porque – fala-se tanto da teoria da recepção – é
naquelas cartas que se vê realmente o que é a recepção. Em casa devemos ter
umas duas mil cartas de leitores que é preciso classificar e ordenar.»
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