Há um vento imóvel que quase transfigura
Em si mesmos os bichos e os homens.
Vemos passar pela floresta a sua
Tepidez de covil. Perto da noite,
Um halo de sentidos sensíveis os circunda
E movem a cautela inaugural da fome.
Ou, se pisam a rua,
Quase que vão por onde
Quando eram reis de uma consciência obscura
A palpitar pelos confins da morte.
Há um vento imóvel. Uma paciência, a crua
Caça. E por onde a encantação dos nomes
Relampagueia, unificando a sua
Nomeação à astralidade do homem.
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