segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

DOS REBOTALHOS E COISAS ASSIM...


 Escreveu Fernando Pessoa: «Grande é a poesia, a bondade e as danças… 

Mas o melhor do mundo são as crianças». 

Segundo o Diário de Notícias de hoje, o bloco de partos do Hospital de Portimão retomou esta segunda-feira de manhã o seu funcionamento normal, depois de ter estado encerrado desde as 21,00 horas da passada terça-feira, informou esta unidade de saúde do distrito de Faro.

Tirado de uma caixa de comentários do jornal Publico:

«Aiiii…Maneli! Já se me arrebentaram as águas – grita a Maria – que mora no Alto da Abaneja a 130km de Beja. Oh! Mulher guarda la isso para segunda-feira ca maternidade está fechada e nã temos carrera! “Assim são os campos da cor do limão” com eles faz limonadas e vai buscando remédio por tua mão. Agora que o pessoal, à falta de ovos, se apercebeu que estes não saem de fábricas, mas sim do cu das galinhas, (que foram dizimadas na EU,) dão o dito por não dito e já não se importam com a cacarejar matinal. Afinal, sempre é melhor que os sinos da paróquia. Não é?»

1.

 O presidente da República deixou, este domingo, um sério aviso ao Governo: se o país não voltar a ter "estabilidade política" já em 2023, poderá comprometer "irreversivelmente" os objetivos para a década. Na sua mensagem de Ano Novo, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu o ano de 2023 como "decisivo": caso seja desperdiçado, "de nada servirá a consolação de nos convencermos de que ainda temos 2024, 2025 e 2026", atirou, numa alusão aos restantes anos da maioria absoluta do PS.

A oposição considera que Marcelo não foi suficientemente duro com o governo de António Costa.

2.

Gastos com alimentação deverão subir 22% durante este ano.

Salários reais em 2023 valem menos que os 2014.

3.

A directora-geral do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva​, antecipa um cenário mais pessimista para grande parte da economia global, em 2023, pelo facto de os principais motores do crescimento global – Estados Unidos, Europa e China – estarem a desacelerar, em simultâneo.

4.

«Um dia perguntaram-me na América: “Já tem muitos Marc Chagallna sua colecção?”. Coisas de ricos. E, na mesma viagem, o porteiro de um casino sorriu-me, enquanto eu transcrevia para um caderno o horário das frozen margaritas gratuitas: “Are you writing a poem?”, disse ele e eu naquele momento acreditei ter compreendido tudo: a América só podia ser terra de grandes romancistas.

O tempo tudo muda. Antes de a União Soviética se ter tornado no paraíso dos pobres e oprimidos, o sonho que se acalentava era a América. Fartura de horizontes e de trabalho (que escasseava por cá), cidades e estradas largas e o cinema (ah! o cinema!), cadillacs e arranha-céus desvairados, o progresso a todo o vapor ou, melhor dito, a gasolina, pois que a cada cámone – muito antes dos camónes de Molero, invenção maior de Dinis Machado, esse cometa solitário das letras portuguesas que bem podia ter nascido americano – se atrelava um carro, pelo menos. Dizia-se. E um futuro revolucionário que só mais tarde haveria de ler Babbitt de Sinclair Lewis, desconfiado ainda assim de tanta e tamanha largueza, propunha com pragmatismo que mais sensato seria adiar os cadillacs e reivindicar uma bicicleta a pedais para cada português, era Eisenhower presidente dos states e Américo Tomás ainda ministro da Marinha.»

Ana Cristina Leonardo, de uma crónica do Público

5.

Mais de metade dos portugueses não lê livros, uma realidade que está fortemente associada à educação, já que muitos não têm memória de verem os os pais  a lereem um livro, ou alguma vez os terem levado a uma livraria ou lhes terem oferecido um livro.

 Nove em cada dez portugueses têm "baixo consumo cultural"

6.

O velório do Papa emérito Bento XVI foi aberto ao público hoje às 09:00 locais quando centenas de pessoas já aguardavam na fila para entrar na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Carmo Afonso no Público:

«Bento XVI era um ultraconservador e o seu pontificado ficou marcado pela luta contra o aborto, a eutanásia e contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Basicamente, atentou contra alguns valores e princípios fundamentais das democracias ocidentais, as quais incluem uma grande parte dos 1,2 mil milhões de fiéis que integram a igreja católica. Isto explica a sua renúncia. Não era possível a sobrevivência da instituição se ela não mostrasse permeabilidade aos ventos de mudança que sopram firmes e Ratzinger não teria sido capaz de o fazer.»

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