Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia pediu a demissão. A jornalista Bárbara Reis, sobre essa demissão, escreveu o Público:
«É uma maravilha ouvi-la falar. Na era da desesperança política, Ardern
é frescura, é inspiração, é alegria, é luz. Demitiu-se antes de tempo, sem um
escândalo ou uma crise — para além da crise geral. Podia continuar no poder,
mas disse que já não tem o “tanque cheio, mais a reserva” e que só faz sentido
ocupar o lugar quando o tanque está muito cheio.
Notem as suas palavras: “Não estou a sair porque é difícil. Se fosse
isso, provavelmente teria saído dois meses depois. Estou a sair porque esta
função, tão privilegiada, exige responsabilidade. A responsabilidade de saber
quando somos a pessoa certa para liderar e, também, quando não somos.”
E mais esta: “Espero ter deixado a convicção de que se pode ser gentil,
mas forte. Empático, mas decidido. Optimista, mas focado. Que podemos ser o
nosso próprio tipo de líder — um líder que sabe qual é o melhor momento para
sair.”
Agora que passou o choque da demissão-surpresa, vai especular-se sobre
as reais razões da saída. O “tanque” de Ardern deixou de estar cheio
simplesmente porque é isso que acontece após cinco anos e meio a chefiar um
país? Porque a sua popularidade caiu mais 1% e o rival de direita subiu 2%?
Porque vai ser difícil formar o próximo governo? Porque tem uma filha de quatro
anos e quer ir buscá-la à escola? Porque, por mais que se diga que “já foi
pior”, é muito difícil ser mãe de um bebé e chefe, sobretudo de um país.
Helen Clark, a primeira mulher eleita para chefiar o governo na Nova
Zelândia, disse que Ardern recebeu ataques “sem precedentes” e que a sua demissão
devia pôr a país “a pensar se quer continuar a tolerar a polarização excessiva
que está a tornar a política uma vocação cada vez menos atraente”: “As pressões
sobre os primeiros-ministros são sempre grandes, mas nesta era de redes
sociais, notícias feitas para atrair clicks de leitores e ciclos de media 24 horas por dia, 7 dias por semana, Jacinda enfrentou um nível de
ódio sem precedentes.”
Clark não está sozinha. Outros líderes dizem que a quantidade e
intensidade de abusos e ameaças contra Ardern contribuíram para a sua saída
antes de tempo. Ameaças de morte, perseguições e agressões na estrada, insultos
de todo o tipo, para além de anos a responder às perguntas mais misóginas de se
possa imaginar.»
Devagar vamos aprendendo que os problemas da
participação das mulheres na vida política é um problema de natureza cultural
e, como tal, não se resolve por meio de quotas, decretos ou simpatias.
O filósofo Sófocles,
lá muito para trás, deixou escrito: disse lá muito parabtr
«Quando uma mulher está em condições de igualdade com um homem, torna-se superior» e o escritor Somerset Maugham admitiu que somente a mulher sabe do que a mulher é capaz.
1.
Continuam as
investigações em quase tudo o que são autarquias aqui no pedaço, e tanto quanto
se consegue ver, ou inventar, na Câmara de Lisboa as investigações vão até ao
tempo em que António Costa era presidente.
Continuam os crimes – os que se vão conhecendo –dos padres pedófilos com crianças: A diocese de Viana do Castelo anunciou, ter proibido um padre de Monção, de exercer o sacerdócio depois de este ter confirmado um caso de abuso sexual de menor.
Continuam os
imbróglios com as migrações: Pode chegar aos oito mil euros o salário do diretor da nova Agência Portuguesa para as Migrações e Asilo que
vai herdar as funções administrativas do SEF - mais do dobro do vencimento dos
diretores nacionais da Polícia Judiciária,
Os problemas com o
SEF, e similares, denotam que os efectivos são poucos para resolverem as
questões que o assunto exige. Abrimos as
portas aos migrantes mas depois não conseguimos iniciar, conduzir e finalizar o
processo de cada migrante no nosso país.
Continuam os casos de
imigrantes espoliados e tratados como escravos nos campos onde o trabalho
sazonal é assegurado exclusivamente por estes trabalhadores, história bem
sinistras que, volta e meia, chegam ao nosso conhecimento, onde as diversas
máfias impõem a sua força.
A procissão ainda não saiu do adro, mas as palavras do Papa necessitam de um palco com este custo? O que se torna importante: as palavras ou o local onde elas serão proferidas?
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