Os portugueses vivem dias difíceis, o governo de maioria absoluta, anda envolvido numa sucessão de crises, casos e casinhos, Marcelo tenta chamar a miudagem à razão mas perde-se em palavras e ideias com pouco nexo, e para completar, no meio destas trapalhadas diversas e sem fim, numa recente sondagem para o DN, JN e TSF, 63% dos inquiridos declararm que Montenegro e o PSD não estão prontos para liderarem um governo.
Mas para atrapalhar mais a situação, soube-se que Fernando Medina ministro das Finanças, enquanto Presidente da Câmara Municipaçl de Lisboa, ou alguém por ele, foi o responsável pela escolha de Joaquim Morão.
José António Cerejo
escreve no Público que «a Câmara de Lisboa tinha centenas de engenheiros,
arquitectos e gestores de obras nos seus quadros. Mas os seus responsáveis
resolveram, no meio da trapalhada que o Ministério Público está a investigar,
ir buscar
o homem de Castelo Branco. Porquê? Não se sabe. »
Pelo seu lado,
António Guerreiro escrevia, um destes dias no Público:
«Podemos facilmente
observar, porque os seus signos são de uma enorme evidência, que a vergonha é
um sentimento que desapareceu da política. E digo “da política”, e não “dos políticos”, para evitar a
psicologização e apelar, antes, à referência espinosista que, refutando uma falsa
antinomia entre ideia e afecto, afirma que os afectos são o material da
política.
Os políticos
apanhados a cometer infracções legais ou morais que os destituem tanto no
aspecto político como cívico parecem ser indiferentes ao ethos social e
mantêm geralmente uma atitude de realismo apático e desavergonhado. A
desvergonha tornou-se mesmo um capital simbólico e um motor fundamental da
acção política.
A manifestação
protocolar de agradecimento pela dedicação e sentido do dever aos que se
demitem (voluntária ou coercivamente) porque já não têm condições para ficar,
devido a palavras ou decisões impróprias, tem de ser entendida como uma
operação de branqueamento e uma contribuição para a anulação da vergonha e da
culpabilidade enquanto sentimentos que a racionalidade política do nosso tempo
expulsou da sua acção e até do seu horizonte. A manifestação individual de
vergonha afecta todo o edifício político e afecta, portanto, até aqueles que
não têm nenhuma razão para se sentirem envergonhados. A positividade ética da
vergonha tornou-se uma negatividade política.»
1.
Os valores praticados
no mercado de arrendamento de Lisboa sofreram um aumento de 36,9% no último
ano, atingindo um preço médio de 21 euros por metro quadrado. Com esta subida,
arrendar casa na capital portuguesa ficou com um custo semelhante ao praticado
em Barcelona e mais caro do que em Madrid (17 euros/m2). Aliás, o aumento
verificado em Lisboa é o mais elevado quando comparado com os registados em
Paris, Milão, Madrid e Barcelona.
2.
Fernando Medina falou em "boas notícias" no que se refere aos receios de recessão na Europa após a reunião do Conselho de Assuntos Económicos e Financeiros e rejeitou a necessidade de novo aumento de salários em 2023.
3.
Mário Centeno
confiante de que a zona euro não vai entrar em recessão técnica.
Poder de compra do
trabalho estagnado há 20 anos, Medina rejeita necessidade de novo reforço agora.
Salários: mais de
metade dos trabalhadores recebia menos de 1.000 euros em 2022.
Ainda Fernando Medina:
«A nossa
política salarial é a política adequada para responder às necessidades de
assegurar o poder de compra durante o ano de 2023, sem com isso contribuir para
um amento das tensões inflacionistas no nosso país».
1 comentário:
Mas haverá alguma diferença entre o PS e o PSD? tudo farinha do mesmo saco, corruptos e desavergonhados é tudo o que por ali grassa.
E a falta de VERGONHA, a falta de carácter quando são "apanhados" é inacreditável e um insulto a este triste povo, maioritariamente imbecil, submisso, invejoso e insensível! Sempre foi assim e parece que sempre será assim!
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