Essencialmente, o dia fica marcado pela visita-surpresa do Presidente Joe Biden a Kiev, precisamente na semana em que se assinala um ano sobre a invasão da Rússia à Ucrânia.
«À medida que nos aproximamos do aniversário da brutal invasão da Ucrânia pela Rússia, estou hoje em Kiev para me encontrar com o presidente Zelensky e reafirmar o nosso compromisso inabalável com a democracia, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", declarou Joe Biden numa mensagem publicada no Twitter.»
1.
Paulo Baldaia, hoje,
no Diário de Notícias intitula a sua crónica: Falcões e pombas nos céus da Ucrânia:
«Visto do lugar de cada um dos que estão em guerra, a paz é impossível.
A Ucrânia não admite ceder território e a Rússia não aceita ficar apenas com o
que já tinha antes da invasão de 24 de fevereiro. Para cada um dos campos
aliados, aceitar a derrota é também impensável. É evidente que se joga, na
guerra da Ucrânia, muito mais que os desejos imperialistas de Moscovo. Os
impérios que se confrontam usam os eslavos como carne para canhão, mas é no
Pacífico que querem medir forças. Por agora, estão apenas a testar o resto do
mundo. Já vimos acontecer.
A China anunciou que, assinalando um ano de guerra, avançará com uma
iniciativa de paz na Ucrânia, mas aproveitou para apontar o dedo aos que
"atiraram achas para a fogueira". Obviamente, procurando culpar
Washington. Obviamente, pouco interessada em criar um clima em que a paz possa
ser verdadeiramente discutida. A China poderia fazer a diferença, mas não vê o
que pode ganhar com isso.
A China anunciou que, assinalando um ano de guerra, avançará com uma
iniciativa de paz na Ucrânia, mas aproveitou para apontar o dedo aos que
"atiraram achas para a fogueira". Obviamente, procurando culpar
Washington. Obviamente, pouco interessada em criar um clima em que a paz possa
ser verdadeiramente discutida. A China poderia fazer a diferença, mas não vê o
que pode ganhar com isso.
A Europa que acabará sempre a perder, seja qual for o resultado da guerra, trabalha para adiar o seu declínio. Não está capaz de se defender militarmente a si própria e está em segundo plano na guerra económico-financeira em curso entre a China e os Estados Unidos. Quanto menos conta mais a Europa amedronta as suas opiniões públicas, influenciadas pelo populismo nacionalista e religioso, interessadas em ver o fim da guerra, disponíveis para serem convencidas da vantagem de uma derrota ucraniana.»
2.
«As novas entregas de
armas prometidas por Biden nesta altura são um sinal inequívoco de que as
tentativas russas de ganhar não terão qualquer hipótese.
O secretário-geral do PCP considerou esta segunda-feira que a visita do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à Ucrânia poderá "acrescentar guerra à guerra", apelando a que sejam dados sinais com vista a negociações de paz.
4.
Tal como aconteceu
com a aquisição das vacinas contra a covid-19, a União Europeia poderá vir a
estabelecer mecanismos para a compra conjunta de armas e munições de modo a
garantir um fornecimento, em quantidade e rapidez, à Ucrânia. A presidente da
Comissão Europeia mencionou a ideia este sábado na Conferência de Segurança de
Munique.
«Podemos pensar, por
exemplo, em programas antecipados de aquisição, que permitirão à indústria de
defesa a possibilidade de investir em linhas de produção», disse Ursula von der
Leyen.
Josep Borrell, chefe
da diplomacia europeia defendeu esta segunda-feira que a União Europeia deve
decidir rapidamente como acelerar o fornecimento de armamento, sobretudo
munições, à Ucrânia, advertindo que se este apoio falhar, "o resultado da
guerra está em risco".
1 comentário:
Ao seu comentário, terá faltado ao Paulo Baldaia acrescentar:
"...É evidente que se joga, na guerra da Ucrânia, muito mais que os desejos imperialistas de Moscovo e dos EU..."
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