No Olhar as Capas já foram apresentados estes dois volumes que fazem parte da Biblioteca da Casa.
Por essa altura, Setembro de 2017, por aqui, escreveu-se:
«Em tempo de ditadura, apesar de tudo, faziam-se coisas muito interessantes.
Estes dois volumes, Poesia 70 e Poesia 71, reflectem esse interesse.
Iniciativa do poeta e editor Egito Gonçalves que, para o primeiro volume teve a colaboração de Manuel Alberto Valente, e para o segundo a colaboração de Fiama Hasse Pais Brandão.
No primeiro volume publica-se uma espécie de prefácio a que os autores chamaram «Alguma palavras para dar uma ideia…» e em que dizem ao que vêm e falam sobretudo de uma «amostragem» da poesia publicada em língua portuguesa, na Metrópole, no ano a que se refere.
Não foi planeada exclusivamente como uma antologia de poemas, mas sim como uma panorâmica.
Os poemas foram procurados em livros que se publicaram durante esses anos, em suplementos literários e juvenis de jornais que se publicavam nas cidades e na província.
Um trabalho interessante mas repleto de dificuldades, problemas diversos e algumas rasteiras, próprias deste país de poetas, ou como diziam algumas más-línguas, de escrevinhadores de versos.
Não tenho conhecimento que tivessem sido editados volumes referentes a anos seguintes.»
A Loja Frenesi tem à venda estes dois volumes pelo preço de 55 euros.
Como por aqui se tem dito os
meus livros não têm miolo limpo e os que vieram da Biblioteca do Meu Avô também
não, idem para os livros que vieram da Biblioteca do Meu Pais.
Todos constituem a Biblioteca da Casa.
É este o texto de apresentação da Loja Frenesi:
«EGITO GONÇALVES, org.
MANUEL ALBERTO
VALENTE, org.
FIAMA HASSE PAIS
BRANDÃO, org.
aa.vv.
capa e grafismo de Armando Alves
ilust. Ângelo
Porto, 1971 e 1972
Editorial Inova Limitada
1.ª edição
2 volumes (completo)
195 mm x 140 mm
248 págs. + 256 págs.
exemplares estimados; miolo limpo, as páginas finais do segundo volume
apresentam um erro tipográfico de impressão designado por repintagem
assinaturas de posse nos ante-rostos
55,00 eur (IVA
e portes incluídos)
Alguns autores coligidos foram, à época, uma revelação entre alguns outros basto conhecidos. É assim que deve ser feita uma antologia: transportar o vinho novo dentro de selhas velhas. Alguns exemplos: Fallorca ao lado de José Gomes Ferreira, ou Eduardo Guerra Carneiro ao lado de Saramago, ou Nuno Guimarães ao lado de Cesariny, ou José Agostinho Baptista ao lado de Couto Viana; ou mesmo Idalécio Cação de par com João Miguel Fernandes Jorge, ou Licastro na companhia de Herberto Helder, de Jorge de Sena, de Régio, de Sophia, de Maria Teresa Horta (que vai muito bem com Torquato da Luz e Fernando Grade), etc., etc., etc.»
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