Estes versos do Fernando Assis Pacheco, reencontrados
no poema Bah! Da Respiração Assistida, poderiam ter sido escritos por mim se acaso o talento passeasse por aqui:
Fora os livros
não vejo
muita outra coisa
que possa chamar
minha propriedade
Tanto o meu avô, como depois o meu pai, poderiam ter
escrito estes mesmos versos.
Uma família sem nada de seu, sem um pontinho que seja
de simpatia pelos capitalismos.
Livros e mais livros.
Como escreveu o Jorge Silva
Melo:
«E é isso mesmo esta biblioteca simples, tanto livro onde ainda vejo as mãos ansiosas folheando, os olhos ávidos, as vozes contando. E não há nada mais lindo do que sentir as sombras da vida sobre as páginas amarelecidas, sombras de vida, de dor e luz.»
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