sábado, 4 de fevereiro de 2023

NOTÍCIAS DO CIRCO


 No princípio era a grande festa, revimos, há dias, Marcelo dando palminhas como um qualquer golo da selecção nacional, a Igreja a dar o seu habitual «Amen».

Passaram os dias, os meses, os anos.

Agora ninguém sabe quem paga, quem dá mais, quem dá menos, quem dá NADA!

O presidente da Câmara de Lisboa chegou-se à frente, dá o peito às balas, «eu agora é que coordeno» e não quer nada com o rapaz que o governo colocou a olhar para o (não) andamento dos trabalhos.

Esse tal rapaz, ao Público, imitando as piadolas do  Luís Pedro Nunes, ou do Henrique Monteiro, deixou um só ali anda para tratar das casas de banho, de umas luzes e de um som e, mesmo assim, o vice-presidente da Câmara, Anacoreta Correia, não deixou de lembrar: «Não aceitamos pretensos coordenadores que não fazem nada e que não ajudam a resolver».

No meio desta trágica-confusão, soube-se que a Igreja, no decorrer da Jornada Mundial da Juventude, vai ter um local, será Belém, onde se pode «encontrar a alegria de se sentir amado e perdoado, um  «Parque do Perdão» que  conta com 150 confessionários.

Andarei a ler bem as notícias sobre toda esta trapalhada?

Mas vai-se de Loures a Belém pedir o perdão de quê?

Não haverá ninguém neste país que resolva esta confusão?

Não há ninguém que envie uma mensagem à Igreja Apostólica Romana, sediada no Vaticano, em que com humildade divina, se peça desculpa por certas gentes deste país se terem enfiado num buraco sem fim, e anule todo este Carnaval de vaidades?

E acreditem: a procissão ainda não saiu do adro!

Legenda: imagem roubada de «Meditação na Pastelaria».

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