Hoje não vos trago
algo que tivesse encontrado num blogue, antes no Diário de Notícias do dia 11
de Fevereiro de 2023.
Porque fala de um
velho país que foi ponto de passagem da Rota da Seda, de uma centena e meia de
variedades de melancia que, não sendo um grande apreciador, sei das maravilhosas
melancias portuguesas que existem na
Cova da Beira.
«Quando me falaram de que no Uzbequistão havia cerca de uma centena e
meia de tipos de melancia, eu não queria acreditar. Só depois soube que,
oblongo ou redondo, este fruto é realmente variado em diferentes partes do
mundo. Só que neste antigo Estado soviético o culto pela melancia é
verdadeiramente forte e um atrativo gastronómico e turístico, para além de
representar um nível elevado de exportação. O Uzbequistão foi uma das zonas
mais pobres da antiga União Soviética, com mais de 60% da sua população a viver
em comunidades rurais densamente povoadas, mas teve antigamente uma grande
importância como ponto de passagem da Rota da Seda, onde ainda se oferece uma
experiência muito interessante sobre esse trajeto comercial histórico, ao qual
os portugueses, guiados por Vasco da Gama, puseram termo no final do século XV.
Presentemente, produz ouro, gás natural, produtos químicos e maquinaria e
exporta algodão e frutos, com especial destaque para a grande variedade de melancia.
Em Tasquente, a capital, fui ao mercado, onde nessa manhã havia uma mostra de
diferentes tipos de melancia, com prova. Para além dos formatos, as diferenças
estão sobretudo no doce e nas nuances de cor por dentro, penso eu. Olhando à
volta, vi as pessoas locais, vestidas de forma tradicional e muito colorida, a
falarem diferentes línguas entre si, talvez dependendo se a sua origem é
uzbeque, tajique ou russa. Todas elas degustando pedaços de melancia.»
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