terça-feira, 2 de janeiro de 2024

TRAGO OS MEUS MORTOS À FLOR DA PELE

trago os meus mortos à flor da pele.

perigosamente inclinados

para dentro.

 

ocupam em mim todo o silêncio.

 

regra geral, não basta:

é preciso juntar os negativos,

certos quartos em pranto,

uma frase

suspensa.

 

os que me morreram aguardam pacientes.

 

comungamos trivialidades épicas,

suas mãos de outrora dissecam as noites,

cautelosas.

 

Luís Soares Barbosa

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