Folha que escuta o vento o som do muro
erguido ao sol da erva nuvem
clara
feita o instante verde a pedra
rara
sobre o anel do tempo e do futuro.
Boca do ar espuma
das palavras
na janela do fogo
abelha dura
voando sobre os beijos mão
que lavras
na polpa das cerejas a mais pura
morte que se escreve com a mágoa
do medo sobre o rosto
a longa asa
rasando os lábios soltos pela água
de quem faz com versos uma casa.
Joaquim Pessoa
em Poemas de Perfil em Paiol de Pólvora
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