Marilyn
lendo um livro ao contrário.
Mera
caricatura.
Marilyn
não foi a loura burra que durante toda a sua vida, Hollywood vendeu.
Marilyn
lia, e muito.
Dizia
mesmo que os livros eram a sua melhor companhia para as terríveis, devastadoras
noites de insónia.
Após a
sua morte, na sua casa foi encontrada uma biblioteca com mais de quinhentas
obras e grande parte tinham anotações várias e estavam sublinhados.
Aparecem
obras, entre outros, de James Joyce, Tcheckov, Walt Whitman, Yeats, Beckett, Freud,
Benjamin Spock, Graham Greene, William Faulkner, Aragon, Shakespeare, Somerset
Maughan, Saint-Exupéry, Edgar Allan Poe, Dostoievsky, Flaubert, Bertrand
Russell, Tolstoi, Robert Frost, Roger Vailland.
Gostava
de Saul Bellow e Carl Sandburg, e tinha em Truman Capote um dos seus grandes
amigos, par além de ter sido casada com Arthur Miller.
Em Librarything
pode ser consultada a lista de alguns das obras da biblioteca de Marilyn.
Aas suas
fotografias em que está a ler livros, o Ulisses de James Joyce, por
exemplo, eram as suas favoritas, mas os jornalistas sempre entenderam que isso era
uma mera encenação com vista a fugir à imagem da loura burra.
Enganaram-se.
Nunca a
compreenderam.
As coisas
nunca são o que parecem.
Sou uma dançarina que não sabe dançar, deixou escrito
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