O circo é a
vida. A Grande Festa. O sorriso pintado do palhaço e, lá dentro, as lágrimas. O
circo sou eu, és tu, é aquela rapariguinha que vende violetas no Parque Mayer,
é o Adelininho, agora nas estradas da Europa (ainda consultará jornais de
província à procura de «O Gigante», é o porteiro do Monumental e os porteiros
de todos os cabarés, são as raparigas do Bolero e as outras de todos os bares,
de todos os cais. O circo somos nós todos – como dizia antigamente o poeta – ou
ainda mais (digo eu).
Eduardo Guerra
Carneiro em Como Não Quer a Coisa
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