Neste domingo
esteve um calor sufocante.
A semana que
passou teve momentos de completo pesadelo. O desconfinamento processou-se de
maneira caótica. A região de Lisboa vive momentos complicados.
Marcelo Rebelo
de Sousa e António Costa atropelam-se, por aí, em palavras e visitas.
A confusão é
muita: a TAP, nacionaliza-se não se nacionaliza, e sabemos que registou, no primeiro trimestre do ano,
prejuízos de 395 milhões de euros, relacionados com os impactos da pandemia deCcovid-19.
Olhamos e
antevemos que está a nascer um outro buraco como o do Novo Banco.
A justiça a
braços com juízes corruptos. Rui Rangel é um desses casos: arrendava apartamentos
em Lisboa por vários milhares de euros por mês, um almoço que custou quase 19
mil euros, utilizava a identidade de cidadãos estrangeiros para escapar a multas
por excesso de velocidade e está tudo nas 348 páginas do acórdão do Supremo
Tribunal de Justiça e constata-se que manteve uma conduta desonesta com um
vencimento que não chegava aos quatro mil euros por mês.
O governo
britânico decidiu manter a quarentena obrigatória aos turistas que regressem de
Portugal depois de passarem férias e a decisão afectará o turismo algarvio.
Está tudo muito
confuso e a pandemia não nos dá um segundo de tranquilidade.
1.
Não concordo
mesmo nada que qualquer governante seja comentador político nas televisões.
Fernando Medina,
presidente da Câmara de Lisboa, disse na TVI, que com maus chefes e pouco
exército não é possível ganhar esta guerra.
Admitem-se os
alvos mas não se vislumbra a oportunidade. Alguém devia ter dito a Medina que
combater uma pandemia não é a mesma coisa que invadir a cidade de pistas para
bicicletas.
2.
O aumento de
novos casos de infeção da Covid-19 na comunidade portuguesa residente no
Luxemburgo está a preocupar as autoridades de saúde locais.
A notícia foi
avançada este domingo que recordou que dos 325 novos casos confirmados na
última semana, muitos foram identificados na comunidade portuguesa.
Na origem deste aumento de infeções no país podem estar viagens de e para o estrangeiro, festas privadas ou encontros familiares.
Na origem deste aumento de infeções no país podem estar viagens de e para o estrangeiro, festas privadas ou encontros familiares.
Uma grande parte
dos portugueses que trabalham no Luxemburgo mantém planos para vir passar as
férias a Portugal
2.
«A Cirque du
Soleil» terá cerca de 890 milhões de euros de dívidas que se tornaram
insustentáveis com a crise pandémica. Vão despedir cerca de 3.500 funcionários.
3.
Segundo o
presidente do Instituto Politécnico da Guarda oito dos alunos que testaram
positivo terão ficado internados na Unidade Local de Saúde, "por não
terem nos respetivos alojamentos condições para estarem em isolamento durante o
período de quarentena".
Estão suspensos os
exames presidenciais, a decisão foi tomada após a instituição ter tido
conhecimento da existência de estudantes infetados com covid-19. Uma parte dos
contágios terá ocorrido em festas covid realizadas na Guarda, à semelhança do
que terá ocorrido noutras cidades com estabelecimentos de ensino superior.
4.
O apoio da
Câmara Municipal de Almada às associações de Cultura e Desporto no concelho
baixou de quase 700 mil euros em 2017 para 177 770 euros em 2019.
5.
«O cenário dos transportes públicos em hora de ponta é
a imagem gritante da impotência. Mandam as pessoas para casa em bairros
problemáticos de casas degradadas e inabitáveis, com multidões que têm que sair
para sobreviver em trabalhos clandestinos. Multar e perseguir os desempregados,
vagabundos da crise, deixar os alunos na rua porque as escolas não têm
condições, espalhar o pânico doentio. Ignora-se o resultado de três meses de
paragem dos tribunais, a desigualdade social é uma chaga, e um SNS desprezado
pelos sucessivos governos é agora a medida de todas as liberdades. Agora como
dantes, as ARS (administrações regionais de saúde), a DGS, o Ministério da
Saúde compõem estruturas burocráticas sobrepostas e insensíveis, juntamente com
a proteção civil e a segurança social, incapazes de ligação ao terreno, aos
diretores dos hospitais como ponto de partida para uma ação eficaz.
Criminalizar o combate à epidemia é querer parar o vento com as mãos.
O absurdo não se dissolve no azul da água, há uma
culpa difusa neste clima de delação, até na inexplicável dificuldade em ter um
corpo. Os efeitos do buraco negro criado com a economia parada, com a
incompetência institucional, vão obrigar-nos ao maior combate das nossas vidas.
Em cada facto novo há um movimento em falso.»
Maria José
Morgado
6.
A CP não tem
capacidade para aumentar o número de comboios em circulação na Área
Metropolitana de Lisboa, afirmou o ministro das Infraestruturas, revelando que
está em estudo a possibilidade de alterações de horários.
7.
Numa das suas
últimas crónicas no Expresso, José Tolentino Mendonça lembra a correspondência,
em tempos difíceis de guerra, que Stefan Zweig trocou com Joseph Roth e em que
este escreve:
«Por fim, a amizade é a verdadeira pátria.»
8.
Por muito tempo
que se viva, haverá sempre quem nunca esqueça aqueles 8 minutos e 48 segundos
em que o polícia Derek Chauvin manteve o seu joelho no pescoço do negro Floyd
até que ele deixasse de respirar e dos outros polícias e mirones que presenciaram
a cena sem nada fazerem para evitar a morte de um ser humano.
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