O
Caso da Vela Torcida
Erle Stanley Gardner
Tradução: Costa Santos
Capa: Infante do Carmo
Colecção Vampiro nº 200
Livros do Brasil, Lisboa s/d
Perry
Mason abriu a porta do seu escritório e sorriu para Della Street que limpava os
recantos da sua secretária com a solicitude dos bons empregados.
-
Bom dia, chefe – disse ela.
Mason
pendurou gravemente o chapéu, dirigiu-se para a sua secretária, e olhou para o
correio disposto em três pilhas diferentes, na primeira das quais se encontrava
um lembrete onde estava escrito: «Deve ser lido, mas pode ser respondido sem
que me dite a resposta». Na terceira pilha, de apenas meia dúzia de cartas,
lia-se: «Para ler e responder pessoalmente».
Della
Street entrou para o gabinete pegado ao de Mason. Deixou cair o pano da limpeza
numa gaveta da sua secretária e regressou ao gabinete de Mason, para aguardar,
de lápis em riste e boloco-notas sobre a perna cruzada, que pricipiasse o
ditado e estenografar.
Mason
começo a pilha de cartas que lhe requeriam atenção pessoal. Leu a primeira e,
fazendo uma pausa para olhar pela janela o céu limpo da Califórnia, disse
subitamente:
-
É sexta-feira, Della.
Della
aprovou com a cabeça, mas mantendo o lápis pronto a escrever.
-
Por que será – perguntou Mason de repente – que é sempre à sextas-feiras que
executam os assassinos?
-
Provavelmente porque acham que começar um dia à sexta-feira dá azar – respondeu
Della.
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