segunda-feira, 12 de setembro de 2022

O OUTRO LADO DAS CAPAS


 Por vezes as contracapas não têm quaisquer indicações.

Assim acontece em Poemas da Cidade de María Jesús Echevarría.

Apenas a continuação da ilustração da capa feita propositadamente para este livro por Maria Malheiro.

Para outras referências há que ir ao miolo do livro, onde encontramos a Nota Final feita pelo tradutor Paulo da Costa Domngos:

«María Jesús Echevarría, nascida em Madrid, em Setembro de 1932, aí veio a falecer, à beira dos trinta e um anos de idade (Agosto de 1963), tendo vivido em Nova Iorque o tempo suficiente para colher a amarga lição que este seu livro testemunha. Precisamente, é a sua experiência como estudante universitária e, em simultâneo, correspondente jornalística, o que aqui lemos transposto em arte. Não devemos, todavia, estender-nos em considerações literárias muito para além do que esta mulher-intelectual nos legou. Versos escritos em tom epistolográfico – e que as respectivas dedicatórias confirmam –, são eles notícia da desumanização e da hipocrisia da grande metrópole, a Grande Maçã podre, capital de um império que se posicionou, após a Segunda Guerra Mundial, como o polícia do mundo. Lírica sobre um cavername de ferro e betão, lírica corrida de asfalto, lírica de um desespero trágico. E mais não digo»

Talvez pudéssemos nós ir um pouco mais adiante, recolhendo, por fora, outros pormenores:

A América vai-se transformando numa decepção sem fim à vista.

Joe Biden arrisca-se a ficar na história dos Estados Unidos, como o pior Presidente de sempre.

Será mesmo possível? 

Depois dos Bushs, do Trump?

Para além de ter feito tudo para provocar a Guerra na Ucrânia, apareceu há umas semanas em conluio com os déspotas da Arábia saudita.

Antes de ser eleito, Biden garantiu aos americanos, e ao mundo, que constituiria a Arábia Saudita como um Estado Pária, mas já apareceu em conversas com toda aquela gente e manifestando-se como um «parceiro comprometido com o Médio Oriente».

Nestes breves poemas de María Jesús Echevarría ressalta parte evidente do que é a grande maçã podre.

 «Dai-me, Senhor, o estrépito, o ruído e a miséria.», lê-se no primeiro verso do poema «Oração da cidade e eu» de Echevarría. 

2 comentários:

Anónimo disse...

Bem me parecia que foi Biden que invadiu a Ucrânia, apesar da forte oposição da URSS, perdão, da Rússia

Sammy, o paquete disse...

Caro Anónimo das 13,59 horas.
Por estes lados não vai ter ponta de sorte em ler algo, qualquer coisinha que seja, que beatifique a loucura assassina-czarista de Vladimir Putin. O mesmo se passa na bênção que querem fazer em relação aos Estados Unidos e aos seus aliados.
Fujo das notícias dos media portugueses sobre a invasão da Ucrânia. Em segunda mão leio outras fontes, provavelmente também pouco seguras, mas é o que me resta.
Biden não invadiu a Ucrânia mas há muito que sabia que isso iria acontecer. Não é só nos filmes que eles têm meios sofisticados de informação. Avisou os ucranianos mas eles começaram por não acreditar que isso iria poderia acontecer.
Recordo um título do «Público» de 29 de Abril:
«Washington quer a vitória da Ucrânia mas o objectivo é a derrota da Rússia.»
Destas políticas sei muito pouco mas uma coisa lhe posso garantir: o livro «Poemas da Cidade» de María Jesús Echevarría é lindíssimo.
Abraço