As casas do Luís Pinheiro de Almeida, Lisboa e Pinheiro de Lafões, são mundos maravilhosos do bric-brac.
Diz-se não
colecionador.
Insiste que não coleciona
discos mas sim um enorme ajuntamento de discos.
«Não sei, é uma mania como outra qualquer e não é bem “coleccionar”, que implica “músculo financeiro” e ir “rigorosamente atrás de tudo”, até do “número da sorte”. Não sou assim, eu apenas “junto”, que é mais confortável, barato e divertido. Se não gosto, não compro. Se “coleccionasse” tinha de comprar tudo, mesmo não gostando. Mesmo assim, a “colecção” aproxima-se perigosamente do fim, já que não há assim tantos artistas que se dêem ao trabalho de gravar um álbum de Natal, o que é uma pena. Se bem me lembro, Eric Clapton terá sido o último ou um dos últimos. Não deixa de ter a sua graça quando vou, por exemplo, à FNAC e pergunto por discos de Natal. Olham para mim como se tivesse acabado de aterrar de Marte. Mas só acontece em Portugal. Gosto tanto do tema que um dia até me propus fazer uma colectânea em português, diferente, mas não passou disso mesmo, de um projecto (como tantos outros). Hoje só se edita em digital, o que me irrita solenemente e não compro! Além de “discos de Natal”, também gosto de “juntar” “discos da bola”, “discos políticos/partidários/intervenção”, “discos do 25 de Abril”, “discos de Coimbra”, “world music”, “red hot”, por aí… é divertido!»
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