Anjos nefastos
Encostados ao ócio
das colunas
Anjos desbragados
A urinar ao sol os
rios
Da lua
Podemos comparar a
beleza das ancas
A estúpida e imóvel
Contenção dos seus
punhos
Sangrentos
Às telas de
Caravaggio
A um filme de
Tarantino
A uma reportagem de
Belém
No seu fulgor cruel
E suicida
Corpos onde a
natureza se expande
Sem pudor
São os anjos da
inerte
Indiferença
Olham para o mal
como um ofício
Não sabem nem
acreditam
Vêem passar os dias
infinitos
Na placidez do céu
das suas bocas
Natalícias
Armando Silva Carvalho em Natal… Natais
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