O Existencialismo e a Sabedoria das Nações
Simone de Beauvoir
Tradução: Manuel de Lima e Bruno da Ponte
Colecção: Clave nº 2
Editorial Estampa, Lisboa, Setembro de 1967
Mas, tanto como o
ódio e como a vingança, o amor, a acção implicam sempre um revés; isso não nos
deve impedir de amar, de agir, pois não temos somente que verificar a nossa
condição, mas no próprio da nossa ambiguidade, escolhê-la. Sabemos presentemente
que devemos renunciar a encarar a vingança como a reconquista serena de uma
ordem razoável e justa. E, no entanto, devemos ainda querer o castigo dos
autênticos criminosos. Pois castigar é reconhecer o homem livre tanto no mal
como no bem, é distinguir o mal do bem do uso que o homem faz da sua liberdade,
é querer o bem.
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