«Como cidadão nunca renunciei um direito, nem que me custasse a fazenda, a vida, a pátria: tenho-o provado nos cárceres, no exílio, na miséria...
Como súbdito nunca faltei a uma obrigação: e não menos duramente asselei a
minha lealdade...
Como português, nem um pensamento leve, momentâneo, – chegou a cruzar-me ainda
no cérebro, de que não possa vangloriar-me à face do mundo...
Como funcionário
público, quis a minha boa estrela que ainda não estivesse em lugar a que
pudessem chegar nem as suspeitas da inveja…
Fraco homem de letras
sou, não presumo delas; mas nunca prostituí a minha prosa numa mentira, os meus
versos numa lisonja…»
Almeida Garrett, do discurso de 8 de Fevereiro de 1840 em Discursos Paralamentares
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