PROVAVELMENTE, nesta
altura do campeonato, não interesse muito saber se a Maria Luís mentiu, ou não,
nos depoimentos que fez na Assembleia da República sobre o caso das swaps que, muito honestamente não sei o que são, e estou acompanhado
pela esmagadora maioria dos portugueses.
O que há a destacar é que
a senhora não tem condições para ocupar lugar no governo. Não é bem ser
incompetente, é outra coisa: ânsia de poder a todo o custo, uma inqualificável
falta de ética e de escrúpulos, desonestidade pura e dura.
Nos tempos que correm quem
vá para a pasta de finanças de um governo, seja como ministro, seja como secretário
de estado, tem a obrigação de saber que as swaps
são uma bomba atómica.
Não havia que esperar por,
por parte da anterior governação, que chegassem os dossiers, a informação
detalhada
.
Era, de imediato, começar
a tratar do assunto, pegar o boi pelos cornos
.
Acresce que Maria Luís não
tem ponta de desculpa porque, enquanto membro da direcção da REFER, lidou com swaps e sabe muitíssimo bem o perigo de que o assunto se reveste.
O que estamos a pagar,
continuaremos a pagar, por incompetências e irresponsabili- dades deste tipo, é
um caso de polícia.
Caso houvesse justiça
neste país.
O APARECIMENTO DE RUI MACHETE no governo,
como ministro dos negócios estrangeiros, é um mistério.
De há algum tempo se sabia
quem era a pessoa escolhida para essa pasta mas, de repente, eis que tudo muda
e surge o homem.
Diz que recebeu um
telefonema e só necessitou de três horas para se decidir.
Quem lhe telefonou, ou
mandou telefonar?
Não é difícil adivinhar.
O inquilino de Belém
entendeu que era altura de colocar no governo alguém de confiança para que
aquele bando de garotos não continuasse com as brincadeiras sem rei nem roque.
Havia que recorrer ao
polvo.
Um está preso, outros
andam por aí, não se sabe bem onde, mas com a certeza que andam a tratar da
vidinha.
A escolha recaiu em
Machete que, tal como Vitor Constãncio, nunca vislumbrou que algo de anormal
acontecia no BPN.
No momento em que as fraudes do BPN e da SLN
pesam tanto nas contas públicas e no bolso de cada contribuinte, julgo
tratar-se de uma escolha de muito mau gosto, afirmou o deputado João Semedo do Bloco de
Esquerda.
Mas Machete diz-se de
consciência tranquila… há muitos anos…
Também de bolsos cheios… há
muitos anos… diz que e foi o imperativo de servir o país que o levou a sair do
remanso em que vive, das negociatas em que se movimenta.
Os portugueses olham para
tudo isto com uma indiferença, um deixa andar, que causa medo.
JOSÉ PACHECO PEREIRA no Abrupto:
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