terça-feira, 16 de julho de 2013

QUOTIDIANO


As cartas que recebo, são apenas facturas para pagar, publicidade a isto ou aquilo, ou o centro de saúde a comunicar que a minha consulta foi desmarcada e que, oportunamente, informam nova data.
Já ninguém escreve cartas, já ninguém compra selos.
Algumas estações de correios estão a fechar criando uma série de problemas, principalmente aos idosos que, para levantarem as suas reformas, têm de palmilhar mais caminho, ou apanhar transportes públicos, sabendo nós ao preço a que chegaram os passes e o custo de um bilhete que se compra ao motorista do autocarro.
Para meu espanto, chegou uma carta com o recibo de um trabalho feito pelas Chaves do Areeiro.
A surpresa é que a carta não chegou com a fita costumeira, mas sim com um selo.
Ainda por cima um bonito selo, que assinala as Festas de Lisboa.
Mesmo sendo uma carta comercial, o selo que nela colocada, é uma proximidade pessoal.
Uma carta que, acreditem ou não, me encheu de satisfação.
Ao que se chegou para uma coisa tão banal, mereça referência e, no cinzento dos dias, provocar uma tão boa disposição.

Chamem-lhe o que quiserem, eu chamo alegria de olhar um selo de correio.

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