É no verão que o fruto amadurece,
claro sinal do tempo definido.
E a cada passo o sol-aranha tece,
em cor, as frágeis malhas do vestido.
É no verão também que somos mais
da terra onde nascemos e esperamos
o barco que nos leve e o próprio arrais:
pelo sonho é que
vamos.
Bagagem: esta esperança merecida
com sua cor de sangue verdadeira.
E é quanto basta, ó companheira,
para ser nossa, a vida!
Daniel Filipe em
Pátria, Lugar de Exílio
Sem comentários:
Enviar um comentário