Os filmes
envelhecem? Os livros envelhecem? As canções envelhecem? Os heróis envelhecem?
Manuel António
Pina diz-nos que a juventude é tempo, não é virtude e que ser jovem, como ser
velho. é uma penosa tarefa, tantas vezes uma perigosíssima aventura.
Um filme: Pedro, o Louco.
Um filme: Pedro, o Louco.
«Vejo alguns filmes que encheram de confusão e emoção
a minha juventude e os seus precipícios formais têm agora a profundidade da
piscina de Charlot nos Tempos Modernos. De Pierrot le Fou, por exemplo, pouco
resta: uma canção («Jamais j ene t’ai dit que je t’aimerais toujours, oh mon
amour!»); Jeam-Paul Belmondo conversando
com Samuel fuller sobre cinema; Anna Karina dançando e cantando: «Ma ligne de
chance, ma ligne de chance, dis-mois, cheri, qu’est-ce que t’en penses…». Vi-o
de novo um doa destes e antes não o tivesse feito! As filhas comentaram com
sarcamo: «É afinal este o filme de que tanto falas…?; e eu: «Não, não é este, é
o que eu vi quando tinha 20 anos…»
Manuel António
Pina em Crónica, Saudade da Literatura
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