Por boas e más
razões, Hollywood sempre foi um encantamento.
Só quem tenha
andado distraído não verificou que aquilo é um mundo de glamour e horrores, de
gente que se lava todos os dias e de trastes.
De há umas
semanas para cá o que está na moda são os molestadores sexuais.
O assunto
interessa mas há que dar-lhe o devido desconto com que sempre se deve olhar
para Hollywood.
Sobre o assunto
é importante ler um excelente texto de Alexandra Lucas Coelho subtilmente
intitulado Eu Acredito em Woody Allen:
«Como incontáveis milhões de pessoas, cresci com Woody
Allen. Não há nenhum cineasta, vivo ou morto, de quem tenha visto tantos
filmes. E ouvi bandas sonoras, li peças, contos. Woody Allen é, em si, um
cinema, uma cidade, uma escrita, um humor. Não sei se existe mais algum judeu
nova-iorquino como ele, aliás, de certeza que não, mas todos os judeus
nova-iorquinos receberam esse presente genial de passarem a ser ele, tal como o
mundo tem muito mais graça por causa dele».
Recentemente, a
sempre bela Catherine Deneuve solidarizou-se com as mulheres que foram abusadas
sexualmente mas não deixou de declarar que não vale tudo:
«Vamos queimar os livros de Sade? Vamos qualificar
Leonardo da Vinci como artista pedófilo e apagar os seus quadros? Retirar
Gauguin dos museus? Destruir os desenhos de Egon Schiele? Proibir os discos de
Phil Spector? Este clima de censura deixa-me sem voz e inquieta pelo destino das
nossas sociedades.»
Perguntada sobre
se alguma vez foi molestada sexualamente, Sharon Stone, a protagonista de uma
das grandes cenas do cinema, soltou uma sonora gargalhada que diz tudo e… mais
alguma coisa.
Entrando no
campo da anedota, para além de outras à volta de Woody Allen:
Entrando no
campo do humor:
Chega por hoje,
porque o importante é o texto da Alexandra Lucas Coelho.
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