domingo, 21 de janeiro de 2018

TAMBÉM EU ACREDITO EM WOODY ALLEN


Por boas e más razões, Hollywood sempre foi um encantamento.

Só quem tenha andado distraído não verificou que aquilo é um mundo de glamour e horrores, de gente que se lava todos os dias e de trastes.

De há umas semanas para cá o que está na moda são os molestadores sexuais.

O assunto interessa mas há que dar-lhe o devido desconto com que sempre se deve olhar para Hollywood.

Sobre o assunto é importante ler um excelente texto de Alexandra Lucas Coelho subtilmente intitulado Eu Acredito em Woody Allen:

«Como incontáveis milhões de pessoas, cresci com Woody Allen. Não há nenhum cineasta, vivo ou morto, de quem tenha visto tantos filmes. E ouvi bandas sonoras, li peças, contos. Woody Allen é, em si, um cinema, uma cidade, uma escrita, um humor. Não sei se existe mais algum judeu nova-iorquino como ele, aliás, de certeza que não, mas todos os judeus nova-iorquinos receberam esse presente genial de passarem a ser ele, tal como o mundo tem muito mais graça por causa dele».

Recentemente, a sempre bela Catherine Deneuve solidarizou-se com as mulheres que foram abusadas sexualmente mas não deixou de declarar que não vale tudo:

«Vamos queimar os livros de Sade? Vamos qualificar Leonardo da Vinci como artista pedófilo e apagar os seus quadros? Retirar Gauguin dos museus? Destruir os desenhos de Egon Schiele? Proibir os discos de Phil Spector? Este clima de censura deixa-me sem voz e inquieta pelo destino das nossas sociedades.»

Perguntada sobre se alguma vez foi molestada sexualamente, Sharon Stone, a protagonista de uma das grandes cenas do cinema, soltou uma sonora gargalhada que diz tudo e… mais alguma coisa.

Entrando no campo da anedota, para além de outras à volta de Woody Allen:


Entrando no campo do humor:


Chega por hoje, porque o importante é o texto da Alexandra Lucas Coelho.

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