Um Crime em Glenlitten
E. Philips
Oppenheim
Tradução: Pepita
de Leão
Capa: Cândido
Costa Pinto
Colecção Vampiro
nº 10
Livros do
Brasil, Lisboa 1948
Glenlitten, a vetusta casa solarenga, outrora cheia de
tradições, já não é, hoje em dia, mais que um sítio agradável, onde se recebem
amàvelmente os convidados. Raramente se abrem os majestosos salões, e o ponto
de reunião para os aperitivos e o café, antes e depois das refeições, é o
grande vestíbulo, transformado em sala de palestra, agora convertida em salão
de baile.
André Glenlitten, sexto marquês deste nome, era um
homem de olhos azuis, tez bronzeada pelo sol, muito jovem para os seus trinta e
dois anos; ia e vinha entre os convidados, conversando alegremente, enquanto
dirigia o serviço de licores.
- Sinto que minha mulher se tenha atrasado um pouco,
Dick, - Desculpou-se ele. Apoiando familiarmente a mão no ombro do famoso
criminalista. – E por minha culpa, reconheço-o. Fomos ver o velho Heygs, para
combinar os postos da caçada de amanhã, e ele entreteve-nos a palrar mais de
uma hora.
- Muito desejo eu também conhecer a tua esposa, -
respondeu sir Ricard, servindo-se de licor pela segunda vez, depois de ligeira
hesitação. – E somos muitos para a partida de bridge?
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