quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

AH! SIM, AS LOJAS COM HISTÓRIA...


 Tive sempre o pressentimento de que as Lojas com História era apenas uma ideia, talvez se possa dizer uma ideia interessante. mas apenas isso ou histórias para camelos como diria o Fernando Assis Pacheco

Quando chegasse a especulação do imobiliário, adeus lojas, adeus história, adeus ideias interessantes, adeus Lisboa.

Chegou agora a vez do Bar Americano, ali ao Cais do Sodré.

Do site das Lojas com História, retiro este paleio:

 «O Bar Americano foi inaugurado em 1920 no coração de uma zona ribeirinha conhecida pelos seus bares. Rapidamente assimilou o ambiente multilíngue e multiétnico - marinheiros de todas as partes do mundo, turistas (mas menos do que hoje), diversos artistas e gente da noite, seja por profissão ou profissão. Dos muitos milhares de convidados que já recebeu, a memória tende a ficar naqueles nomes atemporais, como os dos escritores José Cardoso Pires e Alexandre O'Neill, que aqui sentavam e escreviam, festejavam ou apenas passavam o tempo /noite.

O Bar Americano é um dos três bares de influência anglo-saxônica da região - entre Corpo Santo e Cais do Sodré. Cardoso Pires, frequentador destes bares, escreveu numa crónica intitulada De bar em bar.»

 Não ponho mais paleio porque o resto até refere que o Bar Americano tem uma enorme tela de televisão que atrai numerosos espectadores em dias de jogo de futebol.

 O Americano era um bar de silêncios, cuja única música que se ouvia, era o tilitar do gelo nos copos.

Foi aí que ouvi que, em conversa pacata e feliz, a descrição do que é um barman: «o que ouve é como não tivesse ouvido, o que vê é como não tivesse visto.»

 Fechou um dos bares mais antigos de Lisboa e que, neste ano prestes a findar, completou 100 anos.

Naquele enorme quarteirão nascerá mais um Hotel.

Deixo-vos a seguir umas memórias de tempos que já foram, notáveis tempos.

 São lúgubres estes tempos de crise pandémica.

Estamos a tentar sairmos vivos, mas o galho está difícil!

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