quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

POSTAIS DE NATAL


Começámos já a viver os tempos mais maravilhosos que o calendário nos oferece: o Tempo de Natal.

A morte da minha mãe em Fevereiro, será o primeiro Natal sem a sua presença, a pandemia que invadiu os nossos dias. Mas, nada, deveria permitir que estes dias gloriosos sejam ofuscados. Mas é tão difícil!...

Peguei num livro que há cá pela casa, Pai Natal de Armand d’ Apremont e deu-me para copiar este pedacinho:

«Decididamente, o nosso São Nicolau tinha qualquer coisa de pouco católica. A hierarquia eclesiástica não estava enganada. No início doas anos de 1970, em consequência do concílio do vaticano, a Santa Sé suprimiu o calendário, e da litania de santos, um certo número de personagens de acentos demasiado pagãos que, muito manifestamente, e no que respeita ao nosso assunto, foi estabelecido formalmente que nunca existiu nenhum bispo católico de nome Nicolau, que as lendas atribuídas a esse santo não eram de origem cristã e que vinham provavelmente de tradições pagãs.»

Entre o Menino Jesus e o Pai Natal a Igreja ficou a perder. E muito.

Vejo pelos meus netos. É o Pai Natal que lhes diz qualquer coisa. O Menino Jesus é uma coisa vaga que os deixa a olhar para o nada.

A Igreja despertou tarde para uma realidade que lhe passou ao lado, ainda tentou combater as renas, os trenós, lembrando o menino numa manjedoura, mas foi um acto falhado.


Colaboração de Aida Santos

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